29 de jan. de 2011

Coisas que aprendi com o Tour Gastronômico do Papo de Gordo

Aprendi que:
Nunca, jamais, devo começar um regime próximo da semana da Campus Party;
Passar pelo Mercadão da Cantareira e não comer nada é um sacrilégio e que vou me arrepender durante muito tempo;
Sempre vai ter um lugar aonde vou me entupir de doce e ficar igual o Hammy;
Quando quase 50 gordos invadem o metrô ele provavelmente vai andar mais lento;
Devo seguir o conselho do Pedro Bial e usar filtro solar e provavelmente uma sombrinha também;
Gordos, animados por terem se esbaldado no sanduíche de mortadela, cantando Credence podem fazer com que lojistas saiam de suas lojas assustados;
A Ladeira Porto Geral pode muito bem ter o dobro do comprimento que ela aparenta;
Sempre devo carregar um banquinho comigo;
E chinelos também;
Sou muito distraída e posso descobrir que estou há horas conversando com um podcaster que escuto sem me dar conta;
Posso emagrecer de tanto andar por São Paulo;
Sempre tenho que sair de casa mais cedo do que pretendo sair, pra não ficar correndo feito louca pra não perder o trem;
Minha mochila com certeza vai ficar mais pesada ao longo do dia, mesmo que eu esteja carregando apenas a carteira e o celular;
Não sei twittar e andar ao mesmo tempo;
Posso ser uma pessoa sociável;
Podcasters são pessoas incríveis e iguaizinhas a mim (ou não!!);
Algumas pessoas ainda não compreendem o fat pride;
Magros também tem mentalidade gorda;
A volta sempre será mais longa que a ida e que só devo planejá-la quando chegar no destino final.
Mas principalmente aprendi que posso ser feliz sendo gordinha como sou!!

16 de jan. de 2011

E aí, vamos mudar?

Bom como meu objetivo é tentar manter alguma periodicidade nessa bagaça, que não seja anual óbvio, e como esse blog não tem assunto especifico e eu sempre dexei claro que falaria de qualquer assunto hoje resolvi falar das chuvas que vem castigando o Brasil.
Adoro falar bobagem, adoro fazer gracinhas, mas diante de tudo que está acontecendo eu me sinto uma hipócrita quando dou uma risada, é como se eu estivesse ofendendo a memória de quem morreu no Rio do Janeiro ou que estivesse sendo insensível com quem está sofrendo seja no Rio, em Sampa ou em Minas.
Sei que isso parece radical demais, e é eu sei, mas é assim que meu coração sente e acho que cada pessoa sente da sua forma e devemos respeitar.
Agora vem a porrada. A culpa é toda nossa de tudo isso que está acontecendo. Não tem nem 4 anos direito, você foi com seu lindo dedinho, apertou alguns números na urna eletrônica e votou, certo. E você acha que seu dever termina ai?? Se você acha que terminou colega, sinto muito, você é um inútil de carteirinha (mais conhecido como título de eleitor). E quer saber porquê to falando tudo isso. Pra você ver o quanto você é culpado. Moro em uma área que não alaga, graças a Deus, mas temos vários problemas por aqui e para alguns deles a comunidade se uniu, buscou os representantes na câmera de vereadores e algumas coisas foram mudadas, outras não.
Ah e o que eu tenho que ver com isso, você deve estar se perguntando, nessa hora. Tem a ver que se você quiser, você consegue mudar algumas coisas, se você quiser, o infeliz em quem você votou vai ver que você não lembrou dele só no dia 2 e vai se comportar direitinho, vai destinar as verbas direitinho pros lugares certos. Sabiam que nem 1 real foi enviado para Teresópolis e Nova Friburgo com o objetivo de fazer obras contra enchentes e deslizamentos, e que o governo federal destinou essas verbas. Então peraí em algum lugar no meio do caminho ela ficou, certo? Está no bolso de quem esse dinheiro, ou na cueca de quem? Tem que ver isso aí. E a obrigação, colega, é nossa. Porque esses caras ai tão pouco se lixando se morrem 6 ou 600, o dinheiro deles está garantido guardadinho em algum paraíso fiscal.
Mas tem outra coisa que eu quero falar sobre isso. Se você xinga o infeliz que joga até a mãe no córrego, mas joga o papel de bala, a latinha de refri, ou coisas do gênero na rua, você é tão culpado quanto o cara que jogou a mãe no córrego. Cada dia que você demorar horas pra chegar no ou do trabalho, lembre-se é a natureza se revoltando e mandando de volta aquele papelzinho inocente que você jogou da janela do busão.
Mega papo chato vocês devem estar pensando, mas o que vejo é só o povo “xingando muito no twitter” e não fazendo nada. Não quer tirar a bunda da cadeira, não tem problema, hoje todos os deputados, vereadores e senadores tem emails e mesmo que eles próprios não leiam é uma boa oportunidade pra você mostrar que está de olho e cobrar atitudes deles, desde que é claro a gente mude a nossa.
E aí, vamos mudar?

10 de jan. de 2011

Magreza X Felicidade

Ontem vi o programa mais ofensivo de toda minha vida e nem to falando de baixarias que costumamos ver (Ratinho, Gugu, Faustão e afins) não. Era um programa da VH1 chamado as "40 celebridades magras emergentes" e o que mais me ofendeu foi eles terem chamado uma pseudo celebridade americana de gorda por que ela usava número 40. Sim queridos vocês leram direitinho, o número que ela usava era 40!! E há um depoimento da própria celebridade, falando que uns dos filhos disse a ela que se continuasse "gorda" daquela forma ela não estaria viva pra ver os netos. Perai, então se eu seguir essa lógica não vejo nem meus filhos, já que uso 50. Juro nunca me senti tão ofendida, nem quando me chamara de gorda na minha cara. Por que eu não me senti gorda, me senti uma aberração, uma coisa que não é normal na natureza... tá mentira, não me senti assim, mas poderia ter sentido e aposto que muitas meninas por ai se sentem assim quando o jeans 38 começa a apertar um pouquinho.Nessa ditadura da magreza mulher só pode ser feliz se usar até o número 38, se usar número de criança melhor ainda. Quem já viu essas listas do VH1 sabe quem tem sempre um monte de gente comentando sobre o listado e o tom era muito ofensivo, do tipo "olha aquela baleia orca usando o 40, vê se pode alguém ser tão relaxado desse jeito". Gordura está sempre relacionada ao desleixo, mas ninguem sabe o que leva uma pessoa a ser gorda, eu por exemplo sofro de compulsão, o que geralmente é associado a falta de carater, a não saber me controlar.
Dia desses o Leo Jaime foi muito criticado por sua forma física, mas pelo que me lembre ele nunca teve barriga de tanquinho e antes ninguém falava mal do moço. e daí se ele engordou, é uma escolha dele, o carater dele não mudou nem um pouquinho, o cérebro não diminuiu e muito menos seu intelecto, ele continua o mesmo, apenas a forma física mudou... Quando mudamos de avatar no twitter, por exemplo, niguém sai falando ou criticando, mas quando mudamos de avatar na vida real... lá vem bomba.
Vi esse programa (se é que posso chamar isso de programa) no dia em que decidi fazer um regime, pois meu corpo não está resistindo ao peso que cheguei. Meu objetivo não é usar um 38, quero usar um jeans 44 ou até mesmo um 46, amo meu corpo, porém infelizmente não consigo mais fazer coisas básicas sem sofrer como cortar as unhas dos pés, lavar a louça ou preparar meu almoço; minha coluna e meu tornozelo pedem socorro pois minha altura não permite um peso tão elevado e eu estou a um passo da obesidade mórbida, o que realmente é preocupante. Mas sinceramente, não sonho com barriga sarada, calças 38 ou muito menos entrar em uma garrafa, sonho em poder andar sem ficar ofegante, sonho em lavar a louça do almoço sem ficar com os pés inchados e a coluna totalmente torta. Realmente preciso levar uma vida mais saudável e isso implica em perder uns quilinhos, mas sinceramente, se não fosse necessário eu jamais faria um regime, cansei de falarem como eu devo ou não ser, ou no caso parecer. Sou o que sou, gosto de comer bem, gosto de junk food (infelizmente), mas gosto também de um bom prato de arroz e feijão, gosto de cozinhar pros meus amigos e saber que eles adoram minha comida.
Magreza não é sinônimo de felicidade, nem gordura. Ser feliz é ser saudável e principalmente fazer aquilo que gosta.