Quem me conhece sabe que sou uma manteiga derretida, choro por qualquer coisa, choro em comercial de margarina. Mas uma coisa há 14 anos atrás me fez chorar e hoje ouvindo uma musica me veio um flashback de tudo aquilo.
Eu era uma criança com 14 anos que chorava pro meu pai me deixar ir no show do Bon Jovi, acredito que eu tenha chorado bem umas 3 horas pra convencê-lo a me deixar ir naquele show, fiz tanto drama que não duvido que tenha prometido me matar caso ele não deixasse. Ele deixou, ia no meu primeiro show, só com colegas e melhor no show do meu maior ídolo. Era a ansiedade em pessoa, mas minha mãe me ligou com a pior noticia que eu poderia ter naquele momento, não tinha mais ingressos pro show... imaginem, foram mais 3 horas de choro, mas esse era um choro inconsolável de quem tinha perdido o show da sua vida (exagero eu sei, mais com 14 anos todos os shows são os shows da sua vida). E o dia do show chegou, pra mim só ficou marcada aquela noite, lembro de ter ido em uma festa na rua de baixo a rua da minha casa e lembro que fiquei arrasada quando ouvi no rádio que o show já tinha terminado. Aquele não era o primeiro show do Bon Jovi que tinha perdido, mas pra mim parecia o ultimo. Tempos depois a Band transmitiu o show na tv e eu obviamente não consegui gravar ele todo pois estava em viagem com a escola e não tinha colocado a fita no vídeo-cassete, sorte que no dia lembrei e consegui pedir pra minha mãe colocar a fita, mesmo que com atraso.
E hoje achei no you tube um vídeo com a música que mais amo do Bon Jovi, justamente gravado nesse show. Chorei, mas foi de alegria, pensando que agora no fim do ano ele estará fazendo show aqui de novo e eu vou.
Vocês fiquem com esse vídeo maravilhoso.


P.S. É a primeira vez em toda a história do blog que falo de Bon Jovi, mas acho que falarei mais vezes dele.

Preguiça master de postar, tinha esquecido que hoje tinha curso, ai mesmo tendo vindo de carro chego morta em casa o cérebro funciona a mil, vão passando várias coisas na cabeça durante a aula e eu acabo falando pelos cotovelos, meio que monopolizando os comentários da aula. Putz como sou chata, só assim pra perceber mesmo. Mas vamos ao texto que prometi ontem, pior que ele tá inacabado, vou ter que terminar agora, já não seguindo a mesma linha de raciocinio, já com outras ideias alteradas pelas discusões em sala.

"Acabei de terminar um texto sobre ética em uma turma de 2° ano do médio, acho que eles nem tem noção do que significa essa palavra. Fico com medo do futuro, os jovens perderam a capacidade de pensar, de se mobilizar, os assuntos são futeis. Será que eu era assim? Eu talvez não, mas será que minha geração era assim? Vivi uma juventude meio amalucada, sem tanta tecnologia, mas tambem sem ditadura, sem censura e comecei a viver o tempo do 'sem limite' consegui passar por isso sem sequelas graves, mas será que essa geração vai passar batido pela apatia? Pela falta de limites? Não que na minha geração não tivesse isso, não tivesse suas futilidades, e como tinha, mas não era tanto como agora. Será que a excessão virará regra? Fico pensando se ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais? Alguns idolos ainda são os mesmos, mas as motivações são diferentes. Acredito que grande parte dos jovens de hoje não saibam que é Che Guevara, fiz uma pesquisa com alguns alunos e um (1) aluno só sabia quem era, um perguntou se ele era nazista, outros já falavam que ele era cantor de reggae, e aposto que a maioria já viu ele estampado em alguma camiseta que pode ser encontrada até mesmo em grandes lojas de departamento, até Seu Madruga já virou Che. Mal sabem eles que estão sendo formados para se tornarem vaquinhas de presepio, estão indo para o matadouro feliz, vários não conseguem ver mais que o próprio umbigo e sentem-se feliz com isso. Espero que alguns poucos ainda consigam exergar e pegar o caminho de volta."
Bom é isso, texto aqui como prometido. Agora vou deitar porque to com um sono terrivel.

"Voce é o brinquedo caro e eu a crianca pobre"

Tô saudosista esses dias. Lembrando de tantas coisas velhas. Lembrei de uma paixonite platônica que tive por volta dos 11 anos e levei um susto enorme, eu gosto de caras parecidos com ele, ou parecidos com a maneira que eu acho que ele era. Foi uma das minhas primeiras paixões como adolescente e isso marcou minha vida para sempre.
Lembrei de tantas coisas boas. Que saudades da minha adolescência, que foi o pior e o melhor período da minha vida.
Outro dia até vi uma foto recente dele e mesmo mudado continua lindo, os olhos dele ainda passam a mesma verdade. Me bateu um arrependimento, uma vontade de voltar no tempo e fazer tudo diferente, naquela época eu teria chances, hoje não.
Pensei em ir atrás, até procurei, mas não achei e talvez nem valha a pena achar. Bem não sei, seja o que Deus quiser. Vou deixar o destino seguir seu rumo.
Mas confesso que meu coração andou batendo como há 16 anos atrás.