31 de dez. de 2011

Feliz Ano Todo!

Para encerrar 2011 e desejar tudo de bom para meus lindos amigos, vou me usar as palavras do mestre Carlos Drummond de Andrade.



DESEJOS


Desejo a vocês...
Fruto do mato
Cheiro de jardim
Namoro no portão
Domingo sem chuva
Segunda sem mau humor
Sábado com seu amor
Filme do Carlitos
Chope com amigos
Crônica de Rubem Braga
Viver sem inimigos
Filme antigo na TV
Ter uma pessoa especial
E que ela goste de você
Música de Tom com letra de Chico
Frango caipira em pensão do interior
Ouvir uma palavra amável
Ter uma surpresa agradável
Ver a Banda passar
Noite de lua cheia
Rever uma velha amizade
Ter fé em Deus
Não ter que ouvir a palavra não
Nem nunca, nem jamais e adeus.
Rir como criança
Ouvir canto de passarinho.
Sarar de resfriado
Escrever um poema de Amor
Que nunca será rasgado
Formar um par ideal
Tomar banho de cachoeira
Pegar um bronzeado legal
Aprender um nova canção
Esperar alguém na estação
Queijo com goiabada
Pôr-do-Sol na roça
Uma festa
Um violão
Uma seresta
Recordar um amor antigo
Ter um ombro sempre amigo
Bater palmas de alegria
Uma tarde amena
Calçar um velho chinelo
Sentar numa velha poltrona
Tocar violão para alguém
Ouvir a chuva no telhado
Vinho branco
Bolero de Ravel
E muito carinho meu.


Feliz 2012 pra todos!

26 de dez. de 2011

Um ano pra não esquecer!

Posso dizer do fundo do meu coração que 2011 foi um ano que jamais esquecerei. 
Perfeito não foi, mas quase chegou lá.
Quem me conhece sabe que eu ja tive depressão e depois que eu consegui o controle da doença o fim de ano ganhou um gosto especial, uma especie de comemoração do meu renascimento, só que depois desses anos eu ainda não tinha tido um ano tão bom quanto foi 2011. Claro que tiveram coisas ruins, verdade, não posso negar, pois nada nesse mundo é perfeito, perdi meu querido avô, estamos enfrentando sérios problemas de saúde da minha avó, meu primo, que é praticamente meu irmão, quase morreu em um acidente de moto, outras pessoas queridas também partiram, mas o ano encerra com um saldo mais positivo do que negativo.
Tanto o meu avô, quanto as outras pessoas que se foram nesse ano, estavam sofrendo demais e tenho certeza que agora estão em um lugar muito melhor do que se estivessem aqui em cima de uma cama de hospital. Meu primo querido não só saiu com vida do seu acidente como também com poucas sequelas, o que é um milagre.
Esse também foi um ano de mudanças...
Conheci muita gente boa, amigos de verdade, com quem posso contar. Alguns inclusive ajudaram e muito nessa mudança de vida. É o caso do Boris Depre que com seu Aspiracast sobre Designer Gráfico com o Joh Meira e o Almoph me ajudaram a escolher o que eu ia estudar, sim com 30 anos eu decidi dar novos rumos a minha vida e voltar a estudar. Prestei ETEC, passei em 3º lugar em um curso concorrido e agora me desafio diariamente, fazendo coisas que jamais pensei que conseguiria fazer na vida, como desenhar.
Eu agora sou uma sofredora professora efetiva do Estado de São Paulo, a maior loucura da minha vida foi levar 2 cursos simultaneamente com o trabalho, mas consegui passar com louvor nos dois e tenho muito orgulho disso, pois sofri muito, abri mão de muitas coisas pra conseguir esses 2 feitos, estar em um curso técnico de grande reconhecimento e finalmente ter uma carreira estável.
<>Tive problemas, sofro ainda quando a depressão resolve dar um oizinho, tenho que me controlar pra não voltar a tomar os remédios e passar por tudo de novo, pois só quem passou o que eu passei sabe bem que a vida é muito mais linda, muito mais colorida e muito mais legal sem os remédios.
Quero agradecer algumas pessoas em especial:
As minhas queridas, minhas irmãs, Angela, Patricia e Juliana, que foram as pessoas que me aturaram no pior momento da minha vida, não são familiares de verdade mas que se portam como tal e que sabem que todos nós temos altos e baixos e que amigos são pra todos os momentos. Pati, que o Arthur venha lindo e com saúde e eu serei uma tia mega babona.
A minha prima amada Ana, linda, maravilhosa e que eu amo demais, não só por ela ter me levado no show do U2 :P, mas por muitas outras coisas.
Ao pessoal do Podbreja e Podchurras, não vou citar todos aqui, mas vocês moram todos no meu coração, mas quero deixar um beijo especial pra Morena Moraes, que é linda e que me recebeu no primeiro Podbreja que eu fui como se eu fosse uma amiga de longa data e um vou deixar também um abraço grátis pro Zé Eu Mesmo, que ficou largado comigo na rua, perdido e quase dormimos no banco da praça, mas por sorte (e Deus) conseguimos ônibus pra chegar em casa.
Já agradeci, mas não custa nada repetir, ao Boris, que me ajudou a escolher um novo rumo pra minha vida. Eu recomendo muito que todos escutem o Aspiracast, o podcast é bom de verdade e vale muito a pena, mesmo que você já tenha sua profissão, pois como sempre disse meu pai, o saber não ocupa lugar.
Agradeço a todas as pessoas que fazem parte dos meus podcasts favoritos: Aspiracast, Histórica, Jovem Nerd, Jurassicast, JWave, Themyscira, Monalisa de Pijamas, Na Calçada, Papo de Gordo, Papo Lendário, Pauta Livre News, Radiofobia e Rapaduracast, que são meus amigos nos momentos que estou triste, que me fazem passar vergonha no busão e que até quase foram responsáveis pela minha morte, em uma crise de riso. Mas principalmente por me ajudarem nos momentos de crise, quando a dor se torna quase insuportável, quando a vontade de morrer fica quase maior que a vontade de viver, vocês estão lá, não pra me ouvir, mas pra arrancar do meu rosto um sorriso que começa tímido, mas quase sempre termina em gargalhada. E nesse caso eu tenho que agradecer nominalmente a Maira Moraes, Dudu Sales, Mafalda, Eubalena, Phoebe, Ph Santos, Jurandir Filho, Mauricio Saldanha, Alottoni e Azaghal. Não que os outros não sejam importantes, mas esses foram os primeiros podcasts que ouvi e que me levaram a outros, sem essas pessoas eu não conheceria tanta gente como conheço hoje.
Esse ano amei conhecer algumas arrobas que povoam meu twitter e outras que eu conheci pessoalmente e que só depois viraram arrobas.
Um ultimo abraço pra uma pessoa que compartilha de um mesmo amor que eu e que tá se tornando uma parceira incrível, alem de ser minha padwan (pretensão minha me achar uma mestre Jedi, mas beleza) a querida Sarah, e acho que nem tem ideia do carinho que sinto por ela.
Faltaram algumas coisas, sim faltaram, faltou principalmente um amor, um que me fizesse esquecer tudo que já sofri e que fizesse com que eu tivesse uma nova esperança nessa parte amorosa, que me faça mudar.
Agradeço a todos aqueles que fizeram parte da minha vida, pessoalmente ou virtualmente, que seu ano de 2012 seja tão bom ou melhor que o meu 2011, que seus sonhos se realizem, que suas esperanças se renovem.
Feliz 2012 pra todos!

27 de ago. de 2011

Coisas simples

To carente. E peço desculpas por esse post, mas preciso desabafar.
Já está perto de completar 2 anos que estou solteira, nesse meio tempo me iludi com um ou outro, ouvi promessas que eu sabia que não seriam cumpridas e não foram, despertei paixão em quem eu não tenho interesse, mas ainda não consegui preencher esse vazio do meu coração.
Que me desculpem as mulheres que pensam o contrário, mas não me sinto totalmente feliz e realizada estando sozinha. Sinto falta de um abraço carinhoso, sinto falta de um telefonema apenas pra saber como estou, sinto falta de SMS trocadas durante o dia.
Ai alguém vai falar, mas se você já despertou paixões, por que não ficou com ele? Estar carente não significa que estou desesperada e vou ficar com alguém que não gosto só por que não quero ficar sozinha. Eu ainda tenho amor próprio e vocês podem mandar me interditar e me internar em um hospício se eu fizer isso, prefiro morrer de solidão a ficar com alguém que não ame.
Tento manter a autoestima, mas em dias como hoje fica difícil, fico só pensando se o problema sou eu, se eu to toda errada (será que o problema está em ser gordinha? ou será que é por gostar de dar atenção e de ter atenção?) e por isso ninguém me quer.
Sou mulherzinha sim. Sou carente sim. Mas acho que não é defeito nenhum querer alguém que me faça um carinho, que me agrade, que me faça um cafuné, que me aguente no MSN quando tiver com insônia, que me roube um beijo... Quero coisas simples, coisas que não precisam de dinheiro, apenas boa vontade, mas hoje em dia boa vontade e amor estão fora de moda. Acho que não to pedindo demais não né!

9 de jul. de 2011

Oportunidades!

Sabe aquela velha história de que quando Deus fecha uma porta ele abre uma janela? Pois olha ela acontecendo de novo. Ontem o anjinho da Ana Luiza foi encontrar papai do céu, mas hj Ele nos deu a oportunidade de ajudar outro anjinho. Meu querido Lucas, filho de uma amiga muito querida, descobriu a pouco que tem um tumor no esofago e ele só tem 5 anos. Há alguns dias foi feita a retirada do tumor que, graças a Deus, foi retirado totalmente e se constatou um tumor benigno, portanto o pequeno nem vai precisar passar pela torturante quimioterapia.
Só que por conta dessa cirurgia o hospital precisa de sangue, de qualquer tipo e sei que meus amigos vão me ajudar nessa.
Quem não puder doar, divulgue essa mensagem por favor, sei que todos nós podemos fazer a nossa parte, mesmo que pareça pequena.
A doação é em nome de Lucas Bernardo Campoi
Elas podem ser feitas no Hospital AC Camargo que fica na R. Professor Antônio Prudente, 211 São Paulo - SP - Liberdade ou então no Centro de Hematologia de São Paulo que fica na Av. Brigadeiro Luis Antonio, 2533 Jardim Paulista, as doações devem ser feitas para o Hospital Nossa Senhora de Lourdes.
Muito obrigada a todos!

27 de mar. de 2011

Reflexões


Em um papo com a Mafalda do Monalisa de Pijamas sobre a morte da Cibele Dorsa e sobre depressão lembrei de muitas coisas pelas quais passei durante os 4 anos que estive em depressão e como a ajuda de amigos e depois da família me fizeram estar aqui hoje pra poder contar essa história.
Com 23 anos de idade entrei oficialmente em depressão, brinco com esse oficialmente porque segundo o psiquiatra eu tenho uma doença chamada distimia e a depressão é só uma consequência dela. Foram pelo menos 1 mês pra entender o que se passava comigo e mais 2 meses até começar o tratamento.
Não vou entrar no mérito do porque entrei em depressão, afinal de contas isso não vai ajudar ninguém, mas como eu descobri que estava doente, sim depressão é doença, e como sai disso vai ajudar muita gente.
Comecei a chorar por um motivo simples e durante a primeira semana achei aquilo tudo extremamente normal, quem é que quando fica triste não chora direto uma semana né (primeiro erro), na segunda semana tive um outro problema, que era mais sério que o primeiro, e continuei chorando diariamente, mas como sempre fui chorona continuei achando tudo normal (segundo erro), na terceira semana o choro não parava, não diminuía, a dor só aumentava, mas eu continuava achando tudo normal eu sempre fui mais sensível que as outras pessoas, chorar demais não era estranho (terceiro erro), quando entrei na quarta semana de choro direto e compulsivo percebi que tinha alguma coisa de errado, mas o preconceito que existia dentro de mim era maior que tudo e eu achava que tudo não passava de frescura, de coisa de menina mimada (quarto erro), só quando tive uma crise de pânico durante o trabalho foi que procurei ajuda.
A psicóloga da empresa em que trabalhava falou pra mim dos trabalhos de algumas faculdades e eu fui na que poderia me atender naquela emergência. Lembro da sensação da crise e até hoje, mesmo depois de vencer a batalha, ainda é assustador demais. Foi feita uma triagem e eu fui encaminhada para o psiquiatra e até chegar no consultório do psiquiatra e ele falar que eu precisava de remédios eu ainda achava que o que tinha era frescura (quinto erro). O preconceito e as imagens que recebemos todos os dias quase foram fatais no meu caso, pois achava que ia ser enxotada do consultório por estar fazendo o médico perder seu tempo, fico imaginando o que teria feito se não tivesse tido coragem de ir na consulta com o psiquiatra.
Mais um erro, isso está parecendo o jogo dos sete erros, demorei muito tempo pra contar pra minha família, achava que minha mãe não entenderia que eu precisava de remédios pra sair da cama, pra fazer coisas simples do dia a dia, como tomar banho e escovar os dentes, mas graças a mais uma crise de pânico eu consegui contar pra minha mãe o que se passava comigo e claro tive muito apoio dela e também dos meus irmãos. Não sei se meu pai sabe, ou entende direito, o que se passou comigo, ele se sente culpado isso eu sei, mas acho que ele não tem a dimensão exata do problema.
Quanto ao suicídio não posso mentir e falar que não me passou pela cabeça, pois passou e foram tantas vezes que perdi a conta, não sei se foi a terapia que fazia, se foi o sentimento que tinha pela minha mãe ou o medo das consequências, mas nunca tive coragem de concretizar, apesar de por diversas vezes dar "chance pro azar".
Na hora do desespero sei que a gente perde a cabeça, sei que você quer que alguém perceba que você tá sofrendo, mas se a gente não pedir ajuda fica difícil.
Me tratei, tomei remédios durante 4 anos, passei por recaídas, mas aprendi a lidar com meus sentimentos. Como meu problema é físico, falta de serotonina, nunca serei o que todo mundo chama de normal, mas aprendi a ser feliz como eu sou, com os problemas que tenho e que o melhor que tenho a fazer é enfrentar esses problemas.
Quando comecei meu tratamento queria ser a mesma pessoa que era antes da depressão, hoje sei que é impossível, antes da depressão eu era uma pessoa que iria ficar deprimida, hoje eu sou uma pessoa que superou tudo isso e que é muito melhor do que aquela que ficou pra trás.
Pedir ajuda não é vergonha, nem sempre somos fortes sozinhos, mas pedir ajuda com mensagem subliminar também não rola. Se você tá passando por esse problema não adianta deixar indiretas no twitter, msn, orkut ou facebook, seu amigos as vezes tem mais coisas pra se preocupar do que ficar decifrando suas indiretas. Tenha uma conversa franca com alguém, qualquer pessoa, em quem você confie, use a internet a seu favor e procure centros de apoio, tem tantos lugares que são gratuitos e principalmente não cometa os erros que cometi, eu tive sorte, mas você pode não ter...

29 de jan. de 2011

Coisas que aprendi com o Tour Gastronômico do Papo de Gordo

Aprendi que:
Nunca, jamais, devo começar um regime próximo da semana da Campus Party;
Passar pelo Mercadão da Cantareira e não comer nada é um sacrilégio e que vou me arrepender durante muito tempo;
Sempre vai ter um lugar aonde vou me entupir de doce e ficar igual o Hammy;
Quando quase 50 gordos invadem o metrô ele provavelmente vai andar mais lento;
Devo seguir o conselho do Pedro Bial e usar filtro solar e provavelmente uma sombrinha também;
Gordos, animados por terem se esbaldado no sanduíche de mortadela, cantando Credence podem fazer com que lojistas saiam de suas lojas assustados;
A Ladeira Porto Geral pode muito bem ter o dobro do comprimento que ela aparenta;
Sempre devo carregar um banquinho comigo;
E chinelos também;
Sou muito distraída e posso descobrir que estou há horas conversando com um podcaster que escuto sem me dar conta;
Posso emagrecer de tanto andar por São Paulo;
Sempre tenho que sair de casa mais cedo do que pretendo sair, pra não ficar correndo feito louca pra não perder o trem;
Minha mochila com certeza vai ficar mais pesada ao longo do dia, mesmo que eu esteja carregando apenas a carteira e o celular;
Não sei twittar e andar ao mesmo tempo;
Posso ser uma pessoa sociável;
Podcasters são pessoas incríveis e iguaizinhas a mim (ou não!!);
Algumas pessoas ainda não compreendem o fat pride;
Magros também tem mentalidade gorda;
A volta sempre será mais longa que a ida e que só devo planejá-la quando chegar no destino final.
Mas principalmente aprendi que posso ser feliz sendo gordinha como sou!!

16 de jan. de 2011

E aí, vamos mudar?

Bom como meu objetivo é tentar manter alguma periodicidade nessa bagaça, que não seja anual óbvio, e como esse blog não tem assunto especifico e eu sempre dexei claro que falaria de qualquer assunto hoje resolvi falar das chuvas que vem castigando o Brasil.
Adoro falar bobagem, adoro fazer gracinhas, mas diante de tudo que está acontecendo eu me sinto uma hipócrita quando dou uma risada, é como se eu estivesse ofendendo a memória de quem morreu no Rio do Janeiro ou que estivesse sendo insensível com quem está sofrendo seja no Rio, em Sampa ou em Minas.
Sei que isso parece radical demais, e é eu sei, mas é assim que meu coração sente e acho que cada pessoa sente da sua forma e devemos respeitar.
Agora vem a porrada. A culpa é toda nossa de tudo isso que está acontecendo. Não tem nem 4 anos direito, você foi com seu lindo dedinho, apertou alguns números na urna eletrônica e votou, certo. E você acha que seu dever termina ai?? Se você acha que terminou colega, sinto muito, você é um inútil de carteirinha (mais conhecido como título de eleitor). E quer saber porquê to falando tudo isso. Pra você ver o quanto você é culpado. Moro em uma área que não alaga, graças a Deus, mas temos vários problemas por aqui e para alguns deles a comunidade se uniu, buscou os representantes na câmera de vereadores e algumas coisas foram mudadas, outras não.
Ah e o que eu tenho que ver com isso, você deve estar se perguntando, nessa hora. Tem a ver que se você quiser, você consegue mudar algumas coisas, se você quiser, o infeliz em quem você votou vai ver que você não lembrou dele só no dia 2 e vai se comportar direitinho, vai destinar as verbas direitinho pros lugares certos. Sabiam que nem 1 real foi enviado para Teresópolis e Nova Friburgo com o objetivo de fazer obras contra enchentes e deslizamentos, e que o governo federal destinou essas verbas. Então peraí em algum lugar no meio do caminho ela ficou, certo? Está no bolso de quem esse dinheiro, ou na cueca de quem? Tem que ver isso aí. E a obrigação, colega, é nossa. Porque esses caras ai tão pouco se lixando se morrem 6 ou 600, o dinheiro deles está garantido guardadinho em algum paraíso fiscal.
Mas tem outra coisa que eu quero falar sobre isso. Se você xinga o infeliz que joga até a mãe no córrego, mas joga o papel de bala, a latinha de refri, ou coisas do gênero na rua, você é tão culpado quanto o cara que jogou a mãe no córrego. Cada dia que você demorar horas pra chegar no ou do trabalho, lembre-se é a natureza se revoltando e mandando de volta aquele papelzinho inocente que você jogou da janela do busão.
Mega papo chato vocês devem estar pensando, mas o que vejo é só o povo “xingando muito no twitter” e não fazendo nada. Não quer tirar a bunda da cadeira, não tem problema, hoje todos os deputados, vereadores e senadores tem emails e mesmo que eles próprios não leiam é uma boa oportunidade pra você mostrar que está de olho e cobrar atitudes deles, desde que é claro a gente mude a nossa.
E aí, vamos mudar?

10 de jan. de 2011

Magreza X Felicidade

Ontem vi o programa mais ofensivo de toda minha vida e nem to falando de baixarias que costumamos ver (Ratinho, Gugu, Faustão e afins) não. Era um programa da VH1 chamado as "40 celebridades magras emergentes" e o que mais me ofendeu foi eles terem chamado uma pseudo celebridade americana de gorda por que ela usava número 40. Sim queridos vocês leram direitinho, o número que ela usava era 40!! E há um depoimento da própria celebridade, falando que uns dos filhos disse a ela que se continuasse "gorda" daquela forma ela não estaria viva pra ver os netos. Perai, então se eu seguir essa lógica não vejo nem meus filhos, já que uso 50. Juro nunca me senti tão ofendida, nem quando me chamara de gorda na minha cara. Por que eu não me senti gorda, me senti uma aberração, uma coisa que não é normal na natureza... tá mentira, não me senti assim, mas poderia ter sentido e aposto que muitas meninas por ai se sentem assim quando o jeans 38 começa a apertar um pouquinho.Nessa ditadura da magreza mulher só pode ser feliz se usar até o número 38, se usar número de criança melhor ainda. Quem já viu essas listas do VH1 sabe quem tem sempre um monte de gente comentando sobre o listado e o tom era muito ofensivo, do tipo "olha aquela baleia orca usando o 40, vê se pode alguém ser tão relaxado desse jeito". Gordura está sempre relacionada ao desleixo, mas ninguem sabe o que leva uma pessoa a ser gorda, eu por exemplo sofro de compulsão, o que geralmente é associado a falta de carater, a não saber me controlar.
Dia desses o Leo Jaime foi muito criticado por sua forma física, mas pelo que me lembre ele nunca teve barriga de tanquinho e antes ninguém falava mal do moço. e daí se ele engordou, é uma escolha dele, o carater dele não mudou nem um pouquinho, o cérebro não diminuiu e muito menos seu intelecto, ele continua o mesmo, apenas a forma física mudou... Quando mudamos de avatar no twitter, por exemplo, niguém sai falando ou criticando, mas quando mudamos de avatar na vida real... lá vem bomba.
Vi esse programa (se é que posso chamar isso de programa) no dia em que decidi fazer um regime, pois meu corpo não está resistindo ao peso que cheguei. Meu objetivo não é usar um 38, quero usar um jeans 44 ou até mesmo um 46, amo meu corpo, porém infelizmente não consigo mais fazer coisas básicas sem sofrer como cortar as unhas dos pés, lavar a louça ou preparar meu almoço; minha coluna e meu tornozelo pedem socorro pois minha altura não permite um peso tão elevado e eu estou a um passo da obesidade mórbida, o que realmente é preocupante. Mas sinceramente, não sonho com barriga sarada, calças 38 ou muito menos entrar em uma garrafa, sonho em poder andar sem ficar ofegante, sonho em lavar a louça do almoço sem ficar com os pés inchados e a coluna totalmente torta. Realmente preciso levar uma vida mais saudável e isso implica em perder uns quilinhos, mas sinceramente, se não fosse necessário eu jamais faria um regime, cansei de falarem como eu devo ou não ser, ou no caso parecer. Sou o que sou, gosto de comer bem, gosto de junk food (infelizmente), mas gosto também de um bom prato de arroz e feijão, gosto de cozinhar pros meus amigos e saber que eles adoram minha comida.
Magreza não é sinônimo de felicidade, nem gordura. Ser feliz é ser saudável e principalmente fazer aquilo que gosta.